Os estudantes do curso de Licenciatura em Educação Escolar Quilombola da Univille foram recepcionados no último sábado, dia 03 de agosto, no campus Joinville da Universidade. O encontro foi uma oportunidade de integração da turma que conheceu, também, os demais serviços da Universidade, como Central de Relacionamento com o Estudante, Biblioteca Universitária, entre outros. O curso é ofertado pelo Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica - PARFOR Equidade.
A coordenadora institucional do PARFOR-Equidade/CAPES-Univille, professora Sirlei de Souza, destacou a contribuição do curso para a formação de professores para uma educação antirracista. “Essa é uma realidade que aos poucos temos registrado, participado e reescrito em Joinville e região. Uma nova história de populações que, por muito tempo, infelizmente, não tiveram o direito de estudar e agora vem para Universidade. Mulheres e homens com o papel de uma formação colaborativa, integrativa, participativa e em Direitos Humanos”, pontuou.
A licenciatura tem como objetivo promover, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, a formação de profissionais licenciados para atender as diretrizes da Educação Escolar Quilombola, contribuindo de forma crítica e criativa para a formação de cidadãos, que possam contribuir com o desenvolvimento educacional, cultural, social, ambiental e econômico. A coordenadora do curso, professora Letícia Ribas Diefenthaeler Bohn, ressaltou que foi um momento muito significativo e importante para a Universidade.
“Nosso principal objetivo é fazer uma formação muito qualificada e entregar para a sociedade de Joinville e região mais 30 educadores quilombolas que possam fazer a diferença em suas comunidades, nas comunidades que possam atuar por uma educação mais justa e mais digna para todos”, pontuou.
E quem começou o curso já tem muita expectativa pela frente de como serão as atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Sou remanescente quilombola e estou aqui para manter viva a nossa história enquanto acadêmica, enquanto uma mulher negra e remanescente quilombola. A minha expectativa é contar a real história que foi deixada lá para trás e não foi contada”, destacou a acadêmica Natalia Souza Pereira. Para o Dionei Costa, ingressante do curso, disse estar grato pela oportunidade de iniciar a Licenciatura na Universidade. “Fico grato pela oportunidade e agora quero desbravar mais ainda a minha cultura afrobrasileira”.
Professora Letícia e Carina Souza da Central de Relacioanmento com o Estudante